Vale Histórico da Bocaina e a Areias de Monteiro Lobato
Grupo Freeway
01/05 a 04/05/2025 - Quinta a Domingo
Legenda: C=café da manhã; DQ=Degustação de queijos; A=almoço.
1º Dia - Quinta - 1/5 - São Paulo – Areias – Descobrindo a Pitoresca Areias – Degustação de Queijos Harmonizada - (C, DQ)
Encontro às 7h30 na Freeway. Saída às 8h com destino à cidade de Areias, na Rodovia dos Tropeiros, aos pés da Serra da Bocaina.
A região fica situada junto à Serra da Bocaina, em sua parte baixa, rodeada de montanhas. A Rodovia dos Tropeiros, que em seu início era somente uma trilha, era o caminho dos cavaleiros do império que, como D. Pedro I, por aqui passavam e pousavam, em suas viagens entre a antiga capital e sede do reinado e a metrópole paulista. Ela une os municípios de Silveiras, Areias, São José do Barreriro, Arapeí e Bananal.
Prevemos nossa chegada para as 12h00 em Areias. Check-in em nossa pousada. Pousada simples, mas aprazível, limpa e arrumada. Primeiros contatos com esta cidadezinha que parou e ficou no tempo. Sorte nossa.
Primeiro almoço tropeiro.
Após o almoço vamos fazer um city tour pela prosaica cidadezinha, descobrindo seus principais patrimônios históricos. Sua matriz, seu coreto, as estátuas dos personagens das histórias de Monteiro Lobato, e sua casa, onde Monteiro Lobato morava quando foi aqui promotor em Areias, e onde escreveu seu livro “Cidades Mortas”.
No final da tarde vamos seguir para a Fazenda Barão da Bocaina onde faremos uma degustação de queijos harmonizada em sua Leiteira da Bocaina.
Cada queijo passa aqui por um processo cuidadoso de maturação que transforma textura, aroma e sabor em uma experiência única. Com o tempo, as cascas ganham personalidade e os sabores se intensificam, entregando um toque artesanal que só o tempo e a tradição conseguem proporcionar. Uma especialidade é o Queijo Manjericão, que carrega o cuidado e a dedicação do processo artesanal, onde sua maturação o transforma em uma obra-prima da fazenda. O toque do manjericão, fresco e delicado, traz um sabor especial que abraça o paladar e desperta memórias de momentos especiais ao redor da mesa.
Retornamos a nossa pousada.
Jantar e descanso.
2º Dia - Sexta - 2/5 – Areias – São José do Barreiro - Serra da Bocaina – Cachoeiras das Garrafas / San Isidro - Parque Nacional - (C, A)
Após o café da manhã seguimos pela Rodovia dos Tropeiros em direção a São José do Barreiro.
Ali chegando uma primeira paradinha na gostosa pracinha da cidadezinha.
Depois vamos subir a estrada da Serra da Bocaina até chegar a seu alto, até a entrada do Parque Nacional.
Fazemos paradas na subida em mirantes que nos proporcionam um amplo visual das paisagens ao redor. À nossa frente os picos das Agulhas Negras e das Prateleiras, na Serra da Mantiqueira.
Continuamos subindo e chegamos ao seu alto e à entrada do Parque. Aqui temos duas opções de passeio/caminhada, à nossa escolha (nos dividimos): uma, bem próxima, trilha curta, ao Poço das Garrafas. A outra, um pouco maior, nos leva à imponente Cachoeira San Isidro, ícone do Parque Nacional, e cujo acesso se faz a partir de uma sequência de degraus.
Depois reunimos os dois sub-grupos e rumamos para nosso almoço onde iremos provar a gastronomia caipira e bocaineira aqui nestes altos.
No meio da tarde descemos a serra retornando a São José do Barreiro. Aqui iremos degustar um café com biscoitinhos locais, de produção própria da anfitriã.
Depois retornamos a nossa pousada em Areias.
Jantar.
3º Dia - Sábado – 3/5 - Roteiro das Fazendas Históricas de São José do Barreiro - Cachoeirão - (C, A)
Após o café da manhã vamos sair para nosso passeio dedicado às Fazendas Históricas de São José do Barreiro. São diferentes fazendas que fizeram parte do período cafeeiro da região. Cada fazenda traz um elemento diferente da outra, sendo que, ao todo, as três fazendas, juntas, dão um contexto aprofundado do período do café em São José do Barreiro.
Antes de chegar na primeira fazenda, a Catadupa, vamos passar pelo Cachoeirão. Uma deliciosa cachoeira em meio a uma paisagem aberta em meio ao mar de morros da Bocaina. Curtimos a bela cachoeira, seu lajeado.
Em seguida seguimos para a vizinha Fazenda Catadupa.
Lauro nos recebe.
Ele, que aqui vive, um estudioso, um pioneiro, um visionário e apaixonado pela região, por sua história e pelas raízes familiares. Lauro está aqui restaurando uma importante e emblemática fazenda de café da região.
Ele nos apresentará a fazenda, parte externa e interna, e o processo de restauro que ele mesmo faz. Uma descoberta significativa, de valor, que mexe conosco. Conhecer gente que faz, aqui neste Brasil, com muita paixão e determinação, nos imbui da melhor energia, e nos impressiona.
Depois desta visita seguimos para a Fazenda São Francisco. Walton e Eliana serão nossos anfitriões.
A Fazenda São Francisco existe desde 1813, tendo sido inaugurada trinta e quatro anos depois das primeiras mudas de café chegarem da Guiana Francesa ao Brasil. Herança do Brasil Colônia, ainda preserva o portão de ferro inglês e o brasão acima da porta de entrada.
No interior, em peculiar atmosfera, mesclam-se móveis franceses herdados, cantoneiras, abajures, canapés, antigas cadeiras de outros salões; a coleção de pintura imprime cor na austera construção. Walton nos brinda, a pedidos, percutindo as teclas do piano, como nos saraus de outrora.
Depois fazemos uma visita guiada da fazenda, conduzida pela Eliana.
É chegada a hora do almoço. Almoço de fazenda, na casa sede. Como nos velhos tempos.
Depois do almoço vamos visitar o Museu Armando Vianna que fica no porão da casa-sede. E, para quem quiser, há a lojinha “Tentações de São Francisco”, que apresenta o artesanato local, doces caseiros, conservas e licores produzidos na própria fazenda.
No meio da tarde nos despedimos da Eliana e do Walton e seguimos para a fazenda que irá fechar o nosso roteiro das fazendas histórias do café em São José do Barreiro: a Fazenda Pau D’Alho.
Construída em 1817, a Fazenda Pau D’Alho já inicia o plantio do café. Em 1822 o cafezal já se encontra formado e João Ferreira recebe a ilustre visita de D. Pedro I, por ocasião da viagem em que proclamaria a independência do Brasil. João e seu filho Antônio teriam seguido viagem compondo a guarda de honra do imperador.
A fazenda surpreende quem chega pela estrada, com seus muros de pedras num elevado, lembrando os fortes medievais. Tulha, moinhos, roda d’água, depósitos, oficina, terreiro, casa grande, tudo projetado para facilitar a produção.
No final da tarde retornamos à nossa pousada em Areias.
Jantar.
4º Dia - Domingo – 4/5 – Silveiras – Artesanato e Gastronomia - São Paulo - (C, A)
Após o café da manhã deixamos nossa pousada em Areias com destino à próxima Silveiras, também, como São José do Barreiro e Areias, integrante do circuito “Cidades Mortas” do Vale do Paraíba.
Aqui fazemos um passeio histórico-cultural com muito artesanato de madeira e gastronomia tropeira, enquanto entendemos, com nosso guia bocainense, como se formou o município, suas principais passagens em meio à história do Brasil, entre elas a Revolução Liberal de 1842.
Depois de nosso último almoço campeiro e bocaineiro iniciamos nosso retorno a São Paulo, onde planejamos chegar na casa da Freeway, depois de parar numa Estação de Metrô, por volta das 20h.