Período: 29/04 a 05/05/2026
Itinerário
Legenda: C=café da manhã; A=almoço; B=brunch; J=jantar
1º Dia - 29/04/2026 - Palmas
Chegada e recepção no aeroporto de Palmas. Traslado para o hotel. Restante do dia livre.
2º Dia - 30/04/2026 - Sabedoria Ancestral Akwê Xerente / Serra do Lajeado / Cerrado Rupestre / Rio Tocantins (C, A,J)
Saída de Palmas após o café da manhã para percorrer a Serra do Lajeado, região de transição do Cerrado, onde a paisagem revela formações rochosas impressionantes e pinturas rupestres que narram histórias milenares dos povos originários. Chegaremos no Sitio Arqueológico Catitú, um sítio arqueológico que guarda registros rupestres milenares, desenhos simbólicos deixados nas pedras por povos ancestrais. Alí, guiados por arqueólogos locais ou guardiões comunitários, compreendemos um pouco da cosmologia gravada em traços de caça, espirais e formas que ecoam a linguagem dos antigos.
Seguimos até o território sagrado do povo Xerente, guardiões ancestrais da região onde seremos recebidos pelo Cacique da Aldeia para almoço comunitário, com ingredientes nativos e preparados de forma tradicional. Pela tarde, vivência cultural na aldeia, com rituais, cânticos, artesanato e histórias que revelam acosmologia viva do povo Xerente. Em seguida, iremos para a cidade de Lajeado, às margens do rio Tocantins, para um momento de pura contemplação: chegada à Praia do Funil. Jantar com vista para Rio Tocantins.
Pernoite em hospedagem inusitada e confortável à beira do rio, sob um céu estrelado.
3º Dia - 01/05/2026 - Cantão / Araguacema / Aldeia Povo Iny - Pará / Águas do Araguaia (C, A, J)
Após o café da manhã às margens do Rio Tocantins, a jornada segue pelas estradas do Cerrado até encontrar um dosrios mais icônicos da bacia amazônica. Chegada à cidade histórica de Araguacema, onde o Rio Caiapó encontra-se com o Rio Araguaia. Ruas e gente simples, memórias do ciclo do ouro ecoam nas fachadas desgastadas, nas histórias dos moradores mais antigos e nas lendas de garimpeiros que outrora navegavam os rios em busca de fortuna. Araguacema guarda em seu ritmo calmo os traços de um passado agitado, onde o Araguaia era rota de escoamento, e suas margens eram ponto de encontro de comerciantes, pescadores e aventureiros e casas antigas que contam histórias ribeirinhas. Almoço típico na cidade e caminhada guiada para explorar sua identidade cultural. No meio da tarde, embarcamos em barcos motorizados para a grande travessia:
- Visita a Tribos Indígenas do Povo Iny (Karaja – Javaé), o povo nascido das águas, reconhecido por sua profunda conexão com o rio Araguaia, que é ao mesmo tempo morada, estrada e espírito. Os Iny – também conhecidos como Karajá e Javaé – nos recebem com cantos, arte em cerâmica e palavras que atravessam gerações. Sua cultura, esculpida pelas marés do Araguaia, revela um modo de vida onde o tempo flui com o rio e onde cada gesto é uma celebração da ancestralidade aquática. - Navegação pelo Rio Araguaia, com suas ilhas, bancos de areia e vida selvagem. - Passagens pela balsa da cidade de Caseara e encontro das Águas do Rio do Coco com o Rio Araguaia. Já ao longo do Rio do Côco chegaremos à Ilha do Parque Estadual do Cantão, no Centro do Mundo.
O Cantão se anuncia em silêncio, entre árvores alagadas e espelhos d’água que refletem o céu e as nuvens em um espetáculo imersivo. A chegada pela Ilha do Parque Estadual do Cantão é uma travessia simbólica: entramos num espaço onde os biomas se entrelaçam, onde o planeta parece inteiro em miniatura – biodiverso, vasto, essencial. O rio abranda e o tempo desacelera. Estamos no coração da jornada, no Centro do Mundo.
No final do dia, um dos momentos mais marcantes da viagem:
-Chegada ao EcoAraguaia Jungle Lodge, recepção com welcome drink nos decks flutuantes e tempo para relaxar na piscina sobre o rio.
-Jantar especial de boas-vindas no lodge.
-Pernoite no EcoAraguaia Jungle Lodge.
4º Dia - 02/05/2026 - Comunidade e Sabedoria Ribeirinha (C, A, J)
Após o café da manhã, embarcamos em barcos motorizados pelas águas calmas que cercam as ilhas do parque.
Visitamos o Centro de Visitantes do Parque Estadual do Cantão. Lá, entendemos a importância ecológica da região: um ecótono, ou seja, um território de transição onde dois grandes biomas
– Cerrado e Amazônia – se sobrepõem em rara harmonia. Essa sobreposição cria um mosaico de vida onde espécies de diferentes ecossistemas coexistem, gerando uma das maiores biodiversidades por metro quadrado do planeta. É uma aula viva de ecologia, onde a natureza mostra como diversidade é sinônimo de equilíbrio, sua biodiversidade única e os esforços de preservação que fazem deste parque um verdadeiro laboratório natural da Amazônia.
Retornamos ao EcoAraguaia Jungle Lodge para um mergulho nas águas mornas da piscina de rio flutuante, um almoço regional e um momento de descanso leve. Pela tarde, seguimos navegando até um dos mais de 800 lagos do Cantão, onde a beleza da paisagem parece intocada. Espelhos d’água cercados por vegetação nativa, voo de aves aquáticas e o silêncio da floresta compõem um cenário de pura contemplação. Visitamos um Torrãozeiro, morador tradicional que representa o modo de vida ribeirinho – simples, resiliente e profundamente conectado à natureza. Ele compartilha histórias de pesca, navegação, manejo das águas e da floresta, revelando um saber ancestral que resiste ao tempo. O dia termina com o pôr do sol desde a praia do Lodge, na calmaria do rio, seguido de jantar, roda de fogo no píer do rio e acolhedora pernoite nas cabanas bioconstruídas e integradas à floresta.
Para aventureiros, focalização noturna de jacarés, uma experiência surpreendente de escuta e visão, onde nossos sentidos são desafiados na escuridão da mata aquática. Menos aventureiros, observação de astros e para aqueles que preferem uma experiência mais contemplativa, oferecemos uma sessão de observação de estrelas.
5º Dia - 03/05/2026 - Encontro das Águas e Segredos do Araguaia (C, A, J)
Começamos o dia cedo, embarcando em barcos motorizados para navegar pelas águas do Rio do Coco, cruzando paisagens moldadas por praias de areia branca e matas de galeria.
Nosso destino é o belíssimo Lago do Paredão, espelho d’água de rara beleza cercado por floresta nativa e uma variedade imensa dos 'bichos do Cantão', como são chamados pelos moradores locais: botos ladrões de peixes, as antas jardineiras, lontras brincalhonas, capivaras vigilantes, jacarés imóveis à beira d’água e o misterioso tamanduá-bandeira que às vezes se arrisca nas clareiras. Tudo isso envolto por um silêncio pulsante, interrompido apenas pelo som da água e dos cantos damata. Durante a navegação, temos a chance de contemplar a vida selvagem que habita o Vale do Araguaia. Botos (Inia araguaiaensis), espécie endêmica do Araguaia descoberta recentemente e cercada de misticismo entre os povos ribeirinhos. Suas aparições súbitas entre os bancos de areia parecem guiar os navegantes, como se fossem guardiões encantados do rio. Costumam surgir entre os bancos de areia, enquanto aves aquáticas e florestais como garças, biguás e martins- pescadores nos acompanham em voo rasante. A riqueza do bioma revela-se a cada curva do rio. Após os banhos nas águas mornas e a imersão sensorial na natureza, retornamos ao EcoAraguaia Jungle Lodge para um almoço especial e um gostoso período de descanso em meio a floresta e sons da natureza.
No meio da tarde, embarcamos novamente desta vez rumo ao majestoso Rio Araguaia, navegando até o ponto de encontro das águas dos Rios do Côco e Araguaia, na divisa do Tocantins e o Pará. Neste local simbólico, o pôr do sol pinta o céu em tons de ouro e púrpura. Finalizamos o dia na ribeirinha pizzaria da cidade de Caseara e ambientação local, antes de retornarmos ao lodge para o pernoite.
6º Dia - 04/05/2026 - O Encontro dos Biomas / Biologia e Ciência (C, A, J)
O sexto dia é um convite à escuta profunda da natureza. Após o café da manhã, seguimos por terra até o Instituto Araguaia, uma referência em pesquisa, conservação e educação ambiental no território do Cantão.
Participamos de uma palestra sobre a biodiversidade do ecótono Cantão, onde os biomas se encontram e criam uma das maiores concentrações de vida por metro quadrado do planeta. Em roda de conversa com o Instituto Araguaia, refletimos sobre o papel da ciência, da comunidade e do visitante na preservação dessa paisagem viva.
Biólogos e guias especializados nos conduzem por uma trilha interpretativa atravessando paisagens de transição. Em cada passo, observamos a riqueza dos encontros: árvores do Cerrado se entrelaçam com espécies amazônicas. Pequenos cursos d’água, ninhos escondidos e folhas em espiral revelam a lógica sutil de um ecossistema onde tudo se conecta.
Voltamos ao EcoAraguaia para almoço e uma última tarde livre com deck e piscina flutuante de rio e estrutura exclusiva da praia EcoAraguaia para uma despedida contemplativa de Centro do Mundo, neste momento um território já mais conhecido e próximo. Caiaques disponíveis também para últimas remadas e observação da vida selvagem do Cantão. Tempo para contemplar, descansar ou mergulhar uma última vez nas águas do Vale do Araguaia. A tarde também reserva um espaço para o cuidado do corpo e da alma no Spa da Floresta, que funciona das 15h às 21h. Ali, os hóspedes podem fazer seus agendamentos de experiências de saúde e bem-estar com profissionais especializados, como massagens corporais relaxantes, banhos de ervas medicinais da mata, escalda-pés aromáticos e terapias integrativas. Um convite ao descanso profundo e à integração sensorial com os elementos da floresta.
À noite, celebramos a jornada com um jantar de despedida seguido de uma grande fogueira na praia celebrando vínculos criados, momentos vividos e sonhos que despertaram. Encerramos com a vivência simbólica “Escutar o Centro do Mundo” – um momento de silêncio compartilhado para reconhecer, dentro de nós, a vastidão do que vivemos.
7º Dia - 05/05/2026 - Despedida e Travessia de Volta (C, B)
Após o café da manhã partimos do EcoAraguaia Jungle Lodge rumo ao aeroporto de Palmas, com chegada prevista às 15h. Os voos devem ter saída a partir das 17hs. Caso seu voo saia mais cedo você pode organizar com seu consultor mais um pernoite em Palmas.
