Legenda: C=café da manhã; A=almoço; LM=lanche de montanha
1º Dia - 19/11/2025 - QUARTA - CURITIBA
Chegada em Curitiba de acordo com seu voo e traslado ao hotel.
Jantar.
2º Dia - 20/11/2025 - QUINTA - TREM DA SERRA DO MAR - MORRETES - PARANAGUÁ - GUARAQUEÇABA - AS MARISQUEIRAS
Após o café da manhã seguimos à Estação Ferroviária de Curitiba onde embarcamos no Trem da Mata Atlântica. Nossa viagem com o trem descerá a Serra do Mar até Morretes.
O passeio através de Serra do Mar percorre 70 quilômetros (maior distância entre as viagens de trens turísticos no Brasil). Sobre os trilhos, o trem passa por 13 túneis, 10 estações intermediárias e 30 pontes e viadutos, obras de arte que deram ao trajeto a fama de um dos passeios de trem mais bonitos do mundo. Ele é realizado há 27 anos, desde a privatização da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA).
Obra-prima da engenharia mundial, a Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba foi construída entre 1880 e 1885. Iniciada pelos irmãos Rebouças, engenheiros, sendo eles os dois primeiros homens negros a se formarem em uma universidade no país, ainda na época da escravidão, ela foi concluída por Antônio Ferrucci e João Teixeira Soares.
O trem inaugural entrou na recém-construída Estação Ferroviária no bairro Rebouças, em Curitiba, no dia 2 de fevereiro de 1885, às 19 horas.
Chegada e desembarque em Morretes.
Almoço.
Após o almoço nesta bucólica e deliciosa cidadezinha, estrategicamente localizada às margens do Rio Nhundiaquara, seguimos em nossa van à próxima Paranaguá.
Em Paranaguá embarcamos em uma lancha que nos levará, atravessando a baía de Paranaguá, à isolada vila de Guaraqueçaba, guardiã da Serra do Mar.
Nossa navegação se encerra quando aportamos na preservada Guaraqueçaba, incrustada na maior e mais importante reserva de mata atlântica do país.
Guaraqueçaba é um oásis de paz e tranquilidade. Uma das coisas mais gostosas aqui é sentar na praça defronte ao mar e ficar apreciando seus movimentos, sua ondulação, deixando-se inspirar por esse refrigério para a alma.
Check in na pousada frente ao mar.
À tardezinha saímos para passear a pé para descobrir esta prosaica e sonolenta cidadezinha junto ao mar, caminhando por sua orla em direção às Marisqueiras.
Se for época de coleta marinha poderemos conhecer um pouco sobre seu trabalho.
No final do dia retornamos à vilazinha para apreciar o entardecer e o pôr-do-sol de sua beira-mar.
Jantar.
3º Dia - 21/11/2025 - SEXTA - SALTO MORATO NA RESERVA DO BOTICÁRIO NA SERRA DO MAR DE GUARAQUEÇABA (C, LM)
Após o café da manhã nesta singular e isolada vilazinha vamos sair em van local para o Salto Morato, dentro da Reserva Natural do Patrimônio Natural, criada pela Fundação Boticário algumas décadas atrás. A estrada de terra é esburacada (o que é ruim para nós mas bom para a preservação desta vilazinha e deste santuário de mata atlântica, devido à dificuldade de acesso). O Salto Morato fica a 23km da vila.
Ali chegando somos surpreendidos por sua estrutura, com áreas de recepção bem organizadas. Uma caminhada de 1,5km (uns 30 – 40 minutos) por uma bela e gostosa trilha nos deixa à frente deste salto espetacular com 100m de queda. A caminhada nos convida a um refrescante mergulho nas águas formadas por seu rio, num aquário natural cercado pelas árvores, no caminho da cachoeira. O lugar é delicioso para comermos nosso lanche de montanha.
Depois retornamos a Guaraqueçaba para almoço tardio.
No final da tarde teremos a oportunidade (para quem quiser) de fazer um passeio em canoa havaiana (para 7 pessoas) pelas lindas águas calmas da baía. Onde poderemos ter a sorte de avistar os botos.
Ao pôr-do-sol vamos curtir a tranquilidade, o silêncio, o ar marinho desta prosaica cidadezinha à beira das águas marinhas da baía.
Jantar.
4º Dia - 22/11/2025 - SÁBADO - PARQUE NACIONAL DA ILHA DO SUPERAGUI (C, A)
Após o café da manhã vamos embarcar em uma lancha, para singrar os canais que levam de Guaraqueçaba à Ilha e Parque Nacional do Superagui.
A navegação se dá pelo mar interior, em meio a baías, manguezais e restingas com um verde a perder de vista e com um poder imenso de transmitir beleza, poesia e quietude. No caminho, com sorte, poderemos nos deparar com uma linda revoada de guarás. A duração deste passeio de lancha é da ordem de uma hora a uma hora e meia.
Chegando à ilha desembarcamos junto a um povoado que tem menos de 800 habitantes (moradores, fora os visitantes-turistas).
Imagine um local onde a maioria das casas é de madeira, até pela dificuldade de acesso, e não existem ruas, nem carros, nem lojas, nem mercado. Uma vilinha onde só se encontra o básico, como uma vendinha e pousadas simples. Onde wifi é luxo. Onde o footprint do ser humano praticamente se resume a pegadas na areia.
Superagui significa em tupi-guarani a “Rainha dos Peixes”.
A Ilha de Superagui protege belíssimas paisagens de restinga, manguezal e floresta, emolduradas ao longe pelas montanhas da Serra do Mar, de um lado, e pelo imenso e agitado Oceano Atlântico, do outro.
Ela está localizada no norte da baía de Paranaguá, mas ela nem sempre foi uma ilha. Até 1952 fazia parte do continente, quando foi aberta uma passagem para os barcos dos pescadores, que, até então, precisavam “varar” a terra para dar passagem às suas canoas — daí o nome “Varadouro”. De quebra, o canal deu origem à Ilha de Superagui, que hoje faz parte de um parque nacional.
E aqui, neste local isolado, remoto, a vida animal ganha seu espaço próprio. Soberano. Poderemos encontrar botos e até uma mãe com seu filhote, nadando perto de nós.
Os botos brasileiros adoram essa região que integra os rios ao mar. E por que? Por se tratar de um berçário da vida marinha, onde eles encontram toda a sua cadeia alimentar. E é aqui que nós, seres humanos das grandes cidades, encontramos toda essa cadeia, que irá nos alimentar, a centenas e milhares de quilômetros de distância.
O Parque Nacional do Superagui é a mais importante reserva de biodiversidade costeira da mata atlântica no Brasil, sendo por isso declarado Reserva da Biosfera e Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
O mar interior que atravessamos é um mar rico, vitaminado, nutritivo, para toda a vida animal deste ecossistema. Justamente por isso suas águas não são claras como as do litoral norte do estado de São Paulo, nem suas praias são de areias branquinhas.
Após os primeiros contatos com a ilha, vamos fazer uma trilha plana, praiana, de cerca de 3 km, que liga a comunidade da Barra do Superagui, que fica no mar interno, à Praia Deserta, que se encontra em pleno oceano (mar de fora). Esta praia, por estar mais afastada dos rios, apresenta areias mais brancas e um mar mais cristalino.
Ao chegarmos à Praia Deserta teremos uma noção do que isto significa. Grandes extensões de areia, e milhares, milhões de conchas. E claro, muitas aves devem estar vivendo por ali. Caminhamos por esta praia. Banhos de mar em águas quase virgens. O retorno à vila fazemos caminhando lenta e tranquilamente por umas duas horas pela deliciosa praia deserta que neste ponto faz a curva do sul da ilha. No caminho possivelmente encontramos alguns grupos de gaivotas à beira d’água.
Almoço caiçara tardio.
Depois um relax de fim de tarde neste local privilegiado por sua natureza.
E ao final do dia vamos atravessar novamente para o Superagui, retornando pelos canais de mar interior a Guaraqueçaba.
Jantar.
E olhar as estrelas neste fim de mundo tão único.
5º Dia - 23/11/2025 - DOMINGO - 23/11 - GUARAQUEÇABA - PARANAGUÁ - CURITIBA (C)
Após o café da manhã vamos nos despedir de Guaraqueçaba e embarcar na lancha em direção a Paranaguá.
Chegando a Paranaguá embarcamos em nossa van com destino a Curitiba.
Almoço em Curitiba.
Após o almoço, traslado para o Aeroporto para embarque a partir das 16hs.