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Paulo Morelato Franca

25/11/2014 - Olá Patrícia,

É com prazer e saudade que me disponho a contar a minha experiência com A Freeway que me levou (e trouxe) para Salta e Jujuy no noroeste argentino. Escrevo mais para quem nunca viajou com a Freeway e um pouco menos para quem apenas quer saber sobre Salta. Esta foi minha primeira viagem com a Freeway, uma agradável surpresa proporcionada, primeiro, pela proposta singular da agência, que transparece já na escolha criteriosa do roteiro e das atrações. Cada deslocamento (foram muitos) nos levava a locais bonitos e interessantes, com os guias ressaltando a história e curiosidades da geografia e da gente da região, outrora parte do império inca. Depois, é preciso dizer que a agência coloca guias escolhidos não só por serem peritos nas atrações do roteiro, mas principalmente porque são pessoas muito especiais. No trato, na simpatia e no envolvimento, algo como uma família que viaja junta. E em harmonia! Quanto a Salta e Jujuy, foi uma surpresa que não esperava. Os cenários são deslumbrantes, as cores das montanhas, do salar, a mistura das heranças ibérica e inca na arquitetura, na comida, nos costumes, nas excelentes vinícolas, e, principalmente, na formação étnica do amável povo que por lá vive há tantos séculos. Destacaria como atrações que mais me marcaram:
 
1. A visita à Bodega Colomé, por sua proposta de elaboração de vinhos de alta gama calcadas num terroir de alta altitude e processos artesanais e orgânicos.
2. Os belos hotéis em que nos hospedamos em Cafayate e Tilcara.
3. As Salinas Grandes.
4. As Quebradas e seus cenários, com destaque para a Cuesta del Obispo, Hornocal, Los Cardones, Quebrada de las Flechas.
5. As empanadas de Doña Salta!
6. A vista da cidade de Cafayate desde a Bodega Piattelli.
7. Os muitos e muitos excelentes vinhos de Salta bebericados ao sabor de bons papos (e pratos!).
 
Por fim, mais uma vez demonstrando a sabedoria com que o roteiro é elaborado, a última coisa que fizemos em Salta, já quase prontos para a volta, foi ir ao Museo de Arqueologia de Alta Montaña
no centro de Salta. Lá estão, entre outras curiosidades, três múmias incas de 500 anos, duas meninas e um menino, oferecidos em sacrifício às divindades incas, achadas em 1999 numa caverna de um pico de 6700 m. próximo a Salta. O perfeitíssimo estado de conservação das crianças (devido à baixíssima temperatura, umidade e rarefação, e talvez alguns segredos incas...), somado aos seus pertences e brinquedos favoritos colocados junto aos corpos, além do ambiente do museu e frente à perplexidade do nosso grupo com a pungente história infantil, tudo isso somado, devo dizer que foi demais: acho que todos choramos por dentro e por fora. É muita HISTÓRIA! Depois disso, lá fora já, nos sentamos no bar em frente ao museu e lá ficamos o grupo todo, calados e perplexos por muitos minutos, até que alguém mais refeito soltou: Gente! Preciso de uma cerveja! Uau!!
E foi assim...
Paulo

enviado em: 25 de Novembro de 2014