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A Itabira de Drummond e as cachoeiras de Ipoema em Minas Gerais

Itabira, em Minas Gerais, é a terra natal do poeta modernista Carlos Drummond de Andrade, sendo por isso também conhecida como "Cidade da Poesia". 

Além disso, Itabira ganhou renome como "Cidade do Ferro" por ter sido local de origem da Companhia Vale do Rio Doce em 1942.

A cidade tem na sua história um começo como um pequeno vilarejo de mineradores no início do século XVIII, após a descoberta de ouro na região. 

Foi no século seguinte que surgiram as primeiras explorações de minério de ferro, já que o ouro começou a escassear.  O nome Itabira quer dizer pedra que brilha (ita = pedra, bira = que brilha).

Agora é hora de descobrirmos o turismo na região de Itabira, que guarda riquezas naturais e imateriais para descobrirmos em uma viagem ecoliterária.

 

 

Onde fica e como chegar em Itabira?

Itabira fica no interior de Minas Gerais, uma cidade relativamente perto de Belo Horizonte. A distância é de cerca de 107 km de estrada no sentido nordeste da capital mineira.

Itabira fica na região conhecida como quadrilátero ferrífero. Para quem viaja de outras regiões do Brasil, para chegar em Itabira vale pegar um voo até Confins.

Saindo de BH é só seguir rumo à cidade da pedra que brilha pela BR 381 e reserve duas horas e meia para uma viagem agradável.

 

Quais são os atrativos culturais de Itabira?

Como cidade natal de Carlos Drummond de Andrade não se pode visitar Itabira sem seguir os passos do poeta. A cidade conta com alguns atrativos turísticos.

Para isso pode-se começar visitando a Fazenda do Pontal, que pertenceu ao pai de Drummond e onde ele passou bons momentos em seus tempos de menino. 

Outra atração que não pode ser deixada de se conhecer é o Memorial Carlos Drummond de Andrade. Situada nos altos da cidade, o memorial, projetado por Oscar Niemeyer abriga um acervo valioso da vida do poeta itabirano – como a sua primeira máquina de escrever – e oferece eventos diversos eventos culturais.  

Ao lado do memorial começa uma trilha que merece ser percorrida por quem aprecia caminhar no verde. 

É uma trilha em meio a uma mata urbana, com algumas pontes rústicas sobre riachos, e que em quarenta minutos atravessa a bela mata e te deixa novamente no asfalto, na saída deste parque urbano. 

A trilha é basicamente em descida, de maneira que é um passeio muito prazeroso de se fazer. 

Outras visitas essenciais são o Museu Itabira e a Casa de Drummond, que ficam um defronte ao outro. E que proporcionam retratos importantes para se conhecer a vida do grande poeta mineiro.

Vale a pena encerrar a visita cultural de um dia com uma parada para cafezinho na Livraria Clube da Leitura, situada na Fundação Carlos Drummond de Andrade. 

Enquanto se saboreia o café a dica é folhear e escolher uma da série de obras do poeta, aproveitando o centenário da Semana da Arte Moderna.

 

Quantos dias deve-se passar em uma viagem para Itabira?

O município de Itabira é muito grande. Vale a pena reservar ao menos um dia para sua cidade e mais uns três dias para conhecer seus distritos que guardam uma grande beleza natural. 

Neste caso é recomendável pernoitar-se nesses distritos, dentre os quais se destacam Ipoema e Serra do Alves. Não esqueça de incluí-los na sua viagem

O primeiro tem ares de uma pequena cidade interiorana, enquanto o segundo guarda a pureza de povoado que é, onde se contam apenas algumas dezenas de casas junto à mais pródiga natureza.

 

Onde pode-se jantar em Itabira?

Existem diversos bons restaurantes na cidade. Mas uma dica especial é jantar no antigo bairro boêmio da cidade, o Pará, onde as ruazinhas ainda guardam um pouco desse ar da saudosa boemia. 

No Pará há alguns restaurantes pequenos, que oferecem mesas sobre a calçada. Tudo bem singelo, mas com uma experiência marcante. A atmosfera é deliciosa.

 

Quais são os atrativos culturais de Itabira?

Em Itabira não deixe de fazer um circuito seguindo as placas com os versos drummondianos, espalhados pela histórica área central da cidade.

Se você estiver ou planejar trazer um grupo grande, ou uma turma de alunos, vale a pena contatar o Coletivo Viravoltear e ver a possibilidade de contratar um passeio com os drummonzinhos, em que atores encenam e declamam poesias do mestre poeta ao longo dos locais mais emblemáticos do circuito. 

O distrito de Ipoema, afastado cerca de 43 km do centro da cidade, é um ícone de louvor ao movimento tropeirista. Chegando-se à vila depara-se de cara com o Museu do Tropeiro, à direita.

O Museu é bucólico, arrumadinho, e retrata muito bem a história do tropeirismo nas Minas Gerais. Não deixe de reservar ao menos uma hora cheia para ele.

Ele tem cerca de 500 objetos, como roupas, ferramentas e utensílios de cozinha desses viajantes que desbravaram o Brasil entre os séculos 17 e 19 comercializando produtos nos povoados interioranos.

As festas na vila de Ipoema são também uma atração imperdível. Vale se informar na prefeitura o no próprio Museu do Tropeiro sobre as suas datas.

Outra peculiaridade dessa região tropeira são as lavadeiras. Vale a pena descobrir as histórias dessas mulheres que passavam horas lavando as roupas no rio, e que a partir disso criaram canções que viraram patrimônio cultural.

 

Quais os atrativos naturais que devem ser visitados em Itabira?

Para quem vai em busca de natureza o distrito de Ipoema, a 43 km de asfalto da cidade, reúne alguns atrativos naturais de grande beleza. 

Não há como não se ir conhecer a Cachoeira Alta, de acesso a pé muito curto e fácil, depois de alguns quilômetros rodados de carro por estrada de terra.  

Embora quando se chegue à Cachoeira Alta haja uma plaqueta indicando uma taxa para ingressar no espaço da cachoeira é possível que não haja ninguém para cobrá-la, dependendo do dia em que se for.

O Parque do Limoeiro também é um atrativo a ser visitado. Ele possui cachoeiras e até uma trilha interpretativa, ou trilha dos sentidos, conduzida por monitores do parque.

Outro dia pode ser reservado para conhecer a bela cachoeira do Patrocínio Amaro, com sua imponente piscina natural, ideal para banho. A trilha para acesso à cachoeira é bem curta e fácil. Esse passeio pode ser conjugado com o passeio ao Morro Redondo, ambos relativamente próximos. 

A cachoeira do Patrocínio Amaro fica em propriedade particular e para entrar há que se pagar ingresso. Não vá sem antes entrar em contato com a propriedade para não dar de frente com o portão fechado.

O Morro Redondo é de acesso livre. O carro chega até um certo ponto no morro, de onde sai uma curta trilha em aclive até o topo. 

No alto se encontra uma linda capela, a Capela do Senhor do Bonfim, construída em mutirão pela comunidade. A vista desse local é imperdível.

Outro dia pode ser reservado para ir à Serra dos Alves, que dista cerca de uma hora de Ipoema. Lá se encontram algumas lindas cachoeiras, além dos Alves ser um povoado tão pitoresco que encanta pela sua singeleza. A pracinha da pequena igreja parece uma pintura.

Para quem dispor de mais tempo vale a pena se hospedar neste povoado. Embora as hospedagens sejam simples, o contato profundo com a simplicidade, magia e natureza do local compensam muito.

Onde comer em Ipoema e na Serra dos Alves?

Embora a gastronomia de Minas seja muito famosa, existem alguns poucos restaurantes em Ipoema e menos ainda nos Alves.  

Talvez no almoço seja mais fácil encontrar restaurantes, no jantar é importante planejar com antecedência onde e o que você irá comer. Avise os locais com antecedência, para você acabar não ficando sem opção.

 

Quando viajar para Itabira, Ipoema e Serra dos Alves?

Embora o verão seja a melhor época para se aproveitar as cachoeiras, há o inconveniente de que as chuvas podem deixar as estradas intransitáveis para carros de passeio. 

Carros 4x4 são quase obrigatórios nessa época. As meias estações, primavera e outono, são mais seguras neste sentido.

Agende a sua viagem entre os meses de abril, maio ou setembro e outubro. O frio não te afastará das cachoeiras e você curtirá a região sem chuvas fortes.

Com quem viajar para Itabira?

A Freeway Viagens oferece a viagem Ecoliterária, em grupo, para Itabira, Ipoema e a Serra dos Alves.