A Mongólia é um destino exótico e surpreendente, ideal para quem busca uma experiência única de imersão na natureza e na cultura nômade. Localizada entre a Rússia e a China, ela oferece paisagens deslumbrantes como as vastas esteppes, o Deserto de Gobi e as montanhas cobertas de neve.
Mas antes de fazer as malas, é fundamental saber como ir à Mongólia, qual o melhor roteiro e entender tudo sobre documentação, transporte, clima e costumes locais. Neste guia completo, você encontrará todas as informações essenciais para planejar uma viagem inesquecível por esse país fascinante da Ásia Central.
Como é a cultura da Mongólia?
A cultura da Mongólia é profundamente enraizada em tradições milenares, marcadas pelo modo de vida nômade, a espiritualidade budista e a forte conexão com a natureza. Mesmo com as transformações modernas, muitos mongóis ainda vivem em gers (as tradicionais tendas circulares), deslocando-se conforme as estações em busca de pastagens para seus rebanhos de cavalos, iaques e ovelhas.
A hospitalidade é um dos pilares da cultura local: os visitantes são frequentemente recebidos com chá com leite salgado (suutei tsai) e alimentos típicos como buuz (um tipo de bolinho recheado). A música tradicional mongol também se destaca, com o canto gutural (khöömei) e instrumentos como o morin khuur, o famoso violino de cabeça de cavalo.
Além disso, a cultura mongol é fortemente influenciada pelo budismo tibetano, com templos, rituais e festivais religiosos espalhados por todo o país. Um dos momentos mais importantes do ano é o Naadam Festival, que celebra as "três habilidades do homem mongol": luta livre, arco e flecha e corrida de cavalos.
Viajar pela Mongólia é como fazer uma jornada no tempo, onde o passado e o presente convivem em harmonia em meio a paisagens.
Como ir do Brasil para Mongólia?
Ir do Brasil para a Mongólia exige planejamento, pois não há voos diretos entre os dois países. A principal porta de entrada é a capital Ulaanbaatar, acessível por meio de conexões em grandes cidades da Europa, Oriente Médio ou Ásia.
As rotas mais comuns partem de aeroportos como São Paulo (GRU) ou Rio de Janeiro (GIG) e fazem escala em cidades como Istambul, Frankfurt, Moscou, Dubai, Doha, Seul, Tóquio ou Pequim.
Companhias como Turkish Airlines, Lufthansa, Qatar Airways, Emirates, Korean Air e MIAT Mongolian Airlines operam os trechos com conexão até o Aeroporto Internacional Chinggis Khaan, em Ulaanbaatar.
A duração total da viagem varia entre 25 e 40 horas, dependendo das conexões e tempo de espera. Para entrar na Mongólia, é necessário um passaporte com validade mínima de 6 meses e, em muitos casos, um visto de entrada, que deve ser solicitado junto à embaixada ou consulado.
Também é recomendável ter em mãos passagem de volta, comprovantes de hospedagem e verificar se será necessário um visto de trânsito, caso o voo faça escala em países que o exigem, como os Estados Unidos ou a China.
Qual melhor época para viajar para a Mongólia?
A melhor época para viajar para a Mongólia é entre os meses de junho e setembro, quando o clima está mais ameno e favorável para explorar as paisagens naturais, participar de festivais e vivenciar o estilo de vida nômade com mais conforto.
Durante o verão mongol, de junho a agosto, as temperaturas variam entre 15°C e 30°C, os dias são longos e o país se enche de cores, especialmente nas vastas esteppes e nas montanhas verdes. Esse também é o período ideal para acampar em uma ger (tenda tradicional), fazer trilhas, visitar o Deserto de Gobi e conhecer a cultura local de forma mais autêntica.
Em julho, acontece o famoso Festival Naadam, o evento mais tradicional do país, com competições de luta livre, corrida de cavalos e arco e flecha. É uma excelente oportunidade para quem deseja mergulhar na história e nas tradições mongóis.
Evite o inverno, que vai de novembro a março, pois as temperaturas podem chegar a -40°C em algumas regiões, dificultando os deslocamentos e as atividades ao ar livre. A primavera (abril e maio) e o outono (setembro e outubro) podem ser boas opções para quem prefere um turismo mais tranquilo, embora o clima nesses períodos seja mais imprevisível.
O período entre junho e setembro oferece as melhores condições climáticas e a maior oferta de atividades culturais e naturais, sendo ideal para quem deseja conhecer o melhor da Mongólia com segurança e conforto.
O que fazer na Mongólia?
Visitar o Lago Khövsgöl
O Lago Khövsgöl, conhecido como o “Blue Pearl of Mongolia”, é um dos maiores e mais profundos lagos de água doce da Ásia. Localizado no norte do país, próximo à fronteira com a Rússia, o lago encanta com sua água cristalina, cercada por florestas de pinheiros e montanhas.
É um local ideal para relaxar, caminhar pelas trilhas ao redor, andar de caiaque ou simplesmente contemplar a impressionante beleza natural. Durante o verão, a região se transforma em um cenário digno de cartão-postal, com céus limpos e vastos campos floridos.
Além da paisagem exuberante, o lago é um importante centro cultural para o povo tsaatan, que mantém tradições ancestrais e vive com rebanhos de renas. É possível visitar vilarejos nômades e aprender sobre seus costumes, incluindo rituais xamânicos.
Para os mais aventureiros, há opções de passeios a cavalo ou de barco, e trilhas que revelam vistas panorâmicas espetaculares. O Lago Khövsgöl oferece uma combinação única de natureza selvagem e cultura viva, perfeita para quem busca uma experiência autêntica na Mongólia.
Cavalgar nas Estepes
As vastas estepes mongóis são o coração da identidade do país e o cenário perfeito para quem deseja vivenciar o estilo de vida nômade tradicional. Cavalgar por essas paisagens abertas, sem cercas ou estradas pavimentadas, é como viajar no tempo, revivendo os caminhos dos antigos guerreiros mongóis.
Os cavalos mongóis, fortes e resistentes, são parte essencial da cultura local e ideais para longas jornadas. Guias nômades costumam acompanhar os viajantes, proporcionando uma experiência imersiva e segura.
Durante a cavalgada, é comum visitar famílias que vivem em gers (yurts) e compartilhar refeições típicas, como o airag (leite de égua fermentado) e pratos à base de carne.
O contato com a simplicidade e hospitalidade dos moradores torna a jornada ainda mais especial. A travessia pelas estepes permite observar rebanhos, campos floridos e até águias douradas voando no céu. É uma experiência marcante, que revela a essência da liberdade e conexão com a natureza que define a Mongólia.
Descobrir Ulaanbaatar, a Capital
Ulaanbaatar, a capital da Mongólia, é uma cidade vibrante onde o moderno e o tradicional se encontram. Entre arranha-céus e avenidas movimentadas, surgem templos budistas, monumentos históricos e mercados tradicionais.
Um dos principais pontos turísticos é o Gandan Khiid, o maior mosteiro budista do país, onde é possível assistir a cerimônias religiosas e conhecer a grande estátua dourada de Avalokiteshvara. Outro destaque é a Praça Sukhbaatar, onde fica o majestoso memorial a Genghis Khan, fundador do Império Mongol.
A cidade também oferece museus ricos em história e arte, como o Museu Nacional da Mongólia e o Museu do Palácio de Bogd Khan, que ajudam a compreender a fascinante trajetória do povo mongol.
À noite, Ulaanbaatar ganha vida com bares, restaurantes e apresentações culturais, como shows de canto gutural e danças folclóricas. Apesar do contraste com o interior do país, a capital revela o esforço da Mongólia em equilibrar sua rica herança com a modernidade do século XXI.
Aventurar-se nas Montanhas de Altai
As imponentes Montanhas de Altai, no extremo oeste da Mongólia, oferecem algumas das paisagens mais dramáticas e remotas do país. Com picos cobertos de neve, glaciares e vales profundos, é um destino perfeito para trilhas, escaladas e expedições de aventura.
A região abriga o Parque Nacional Altai Tavan Bogd, onde fica o monte mais alto do país, o Khüiten Peak, com mais de 4.300 metros de altitude. As caminhadas até os glaciares são desafiadoras, mas recompensadas com vistas espetaculares e uma paz absoluta.
Além da natureza selvagem, a região é lar de minorias étnicas como os cazaques mongóis, famosos por praticarem a milenar caça com águias-douradas.
É possível participar de festivais locais ou visitar famílias que mantêm esse estilo de vida único. A imersão nessa cultura, combinada com o cenário grandioso das montanhas, faz da visita às Altai uma das experiências mais autênticas e emocionantes da Mongólia.
Assistir ao Festival Naadam (Julho)
O Festival Naadam é o evento cultural mais importante da Mongólia, celebrado todos os anos em julho, em todo o país, especialmente em Ulaanbaatar. A festa dura vários dias e gira em torno das “três habilidades do homem mongol”: luta livre, arco e flecha e corrida de cavalos.
Mais do que uma competição, o Naadam é uma celebração da identidade nacional, da história e das tradições ancestrais. O evento de abertura, com desfiles, roupas típicas e cerimônias solenes, é uma atração à parte.
Participar do Naadam permite ao visitante mergulhar na cultura viva da Mongólia. As competições acontecem em clima de festa, com comidas típicas, músicas tradicionais e um sentimento de orgulho nacional.
É uma oportunidade única para ver os mongóis em seus trajes tradicionais, reviver os tempos do Império de Genghis Khan e sentir a energia coletiva que envolve o país. Planejar sua viagem para coincidir com o Naadam é uma excelente forma de vivenciar o espírito mongol em sua expressão máxima.
Explorar o Deserto de Gobi
O Deserto de Gobi é uma das regiões mais emblemáticas da Mongólia e muito mais do que um mar de areia. Com uma diversidade impressionante de paisagens, o Gobi abriga dunas gigantes, planícies de cascalho, cânions, formações rochosas e fósseis de dinossauros.
Entre os locais mais visitados estão as Dunas de Khongoryn Els, o Vale Yolyn Am (um desfiladeiro que pode manter gelo mesmo no verão) e os penhascos avermelhados de Bayanzag, onde foram descobertos importantes fósseis.
A experiência no Gobi também envolve contato com os nômades do deserto, que vivem em condições extremas, mas com impressionante resiliência e hospitalidade. É possível fazer passeios de camelo, pernoitar em gers tradicionais, contemplar o céu estrelado do deserto e entender como a vida floresce em meio à aridez.
O Deserto de Gobi revela uma Mongólia selvagem, silenciosa e poderosa, que deixa marcas profundas na memória de quem se aventura por suas paisagens.
O que comer na Mongólia?
A culinária da Mongólia é fortemente influenciada pelo estilo de vida nômade e pelo clima rigoroso do país, priorizando alimentos que fornecem energia e calor para enfrentar os dias frios e as longas jornadas.
Os pratos tradicionais são baseados principalmente em carne de carneiro, cavalo, iaque, boi e cabra, além de laticínios.
Um dos alimentos mais comuns é o buuz, um tipo de bolinho cozido no vapor recheado com carne moída temperada, muito consumido durante o Festival Naadam e no dia a dia.
Outro prato popular é o khorkhog, que consiste em carne e vegetais cozidos dentro de um recipiente fechado com pedras quentes, resultando em um sabor defumado único.
Além das carnes, os mongóis também apreciam o airag, uma bebida fermentada feita a partir do leite de égua, considerada tradicional e bastante consumida especialmente durante o verão.
O suutei tsai, chá de leite salgado com um toque de sal e às vezes manteiga, é uma bebida essencial para aquecer os dias frios e acompanhar as refeições. Pães simples, como o boortsog (uma espécie de biscoito frito), são consumidos como petisco ou sobremesa.
Apesar da predominância de pratos à base de carne, com o crescimento do turismo, a culinária mongol tem incorporado opções mais variadas, incluindo vegetais e pratos influenciados por outras culturas asiáticas.
Precisa de visto para ir à Mongólia?
Brasileiros não precisam de visto para visitar a Mongólia para estadas de até 90 dias. Ao chegar, é necessário apresentar um passaporte válido por pelo menos seis meses, uma passagem de volta ou para um destino posterior e, em alguns casos, um comprovante de fundos suficientes para a estadia.
Além disso, é preciso preencher um formulário de entrada fornecido pelas autoridades de imigração .
Se a estadia for superior a 30 dias, é obrigatório realizar um registro na Agência de Imigração da Mongólia dentro dos primeiros 7 dias úteis após a chegada. Para isso, é necessário apresentar o passaporte e uma foto 3x4 recente. Este procedimento é simples e pode ser feito pessoalmente em Ulaanbaatar
Embora o visto não seja exigido, é recomendável contratar um seguro de viagem com cobertura médica, pois o sistema de saúde local pode ser limitado, e os custos com emergências médicas podem ser elevados.
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