Cidade mais alemã do Brasil fica ainda mais colorida nesta época do ano. Tradição foi trazida para o Brasil há mais de 150 anos por imigrantes.
Fonte: Jornal Nacional, edição do dia 01/04/2015
Uma tradição alemã trazida para o Brasil há mais de 150 anos deixa uma cidade catarinense ainda mais bonita nessa época.
A cidade mais alemã do Brasil fica ainda mais colorida nesta época do ano. Em Pomerode, nem os bichos escapam das tradições da Páscoa. Na casa da família Glatz, patos, pintinhos e até a vaca entram na brincadeira.
“Ah, o coelho passou e fez a travessura da noite. É muito divertido quando as crianças veem os bichinhos todos pintados e acreditam realmente que foi o coelhinho da páscoa é muito divertido”, conta a agricultora Mary Lea Glatz.
Para as famílias de Pomerode também é a hora de montar a Osterbaum - a árvore de Páscoa. É uma tradição carregada de significado. Os galhos secos lembram a tristeza pela morte de Jesus. Já as casquinhas de ovos decoradas, são símbolo de renascimento, da alegria pela ressurreição.
O costume veio com os colonizadores há mais de 150 anos. Os antigos montavam a Osterbaum dentro de casa. Não mais do que um pequeno vaso. O que os moradores de Pomerode estão fazendo, de um tempo para cá, é renovar essa tradição. A Osterbaum agora está nas ruas. No quintal das casas. Ficou bem maior, com mais ovinhos e bem mais colorida.
“As casas vão ficando cada vez mais bonitas. A cidade fica mais bonita e a gente vai entrando totalmente no clima da Páscoa”, diz a cabeleleira Taís Glatz Kertischka.
Olha só o tamanho desta Osterbaum: o Jacarandá de 15 metros de altura foi enfeitado com nada menos do que 80 mil ovinhos. E graças à união dos moradores.
“Foi um mutirão mesmo. Deu de dar bolha nos dedos”, diz a voluntária Lia Karsten.
Os pequenos também ajudam. E é com a participação das crianças que a tradição se mantêm viva e cada vez mais forte. Quem vem de fora, se encanta com os jardins e alamedas de Osterbauns da brasileira Pomerode.
“Lindo, lindo!”, afirma uma mulher.
“Aqui você sente como um outro pedacinho, um novo sabor, uma nova visão da Páscoa”, diz uma outra mulher.