Por Edgar Werblowsky
Por que muitas vezes voltamos mais cansados de uma viagem do que quando partimos?
Por que algumas vezes retornamos doentes de uma viagem?
Alguma coisa não está muito certa...
Tudo pode começar torto no planejamento...
Querer visitar um sem número de cidades no menor tempo possível, dentro do conceito de número de atrações por dólar gasto, uma conta para maximizar nosso investimento, pode fazer da viagem um bom negócio financeiro, mas um mau negócio humano...
Todos temos um biorritmo que nos governa... Proporcionando equilíbrio...
Ao viajar, normalmente já saímos fora de nossos padrões alimentares, de sono, de temperatura... Se a isso adicionarmos uma corrida contra o tempo os resultados poderão ser danosos, fazendo com que a viagem se torne um peso para corpo e até o espírito.
O que seria então uma viagem orgânica?
Uma viagem que respeita e vai de encontro ao ritmo de vida, ao ritmo vital, da pessoa.
Uma viagem que se valha do biorritmo do cliente ou do biorritmo médio esperado do grupo, com espaço para ajustes finos.
Uma viagem onde se intercalem atividade e pausa, calor e sombra, alimentação e gasto de energia... Onde a natureza se mescle bem com pequenas (ou grandes cidades), onde o ar livre dê lugar também à cultura, onde se mesclem falações do guia, com momentos de silêncio... Tal como o parágrafo, que foi criado exatamente para proporcionar pausa...
Onde se enxergue nossa vida como a senóide que ela é, com ascensões e descenções, acúmulos de energia e depois gastos da mesma... Pois as células trabalham assim, e o corpo reage muito bem assim...
Tal qual um maestro de uma orquestra, um grande guia, de uma agência focada em qualidade e comprometida com a melhor experiência para seu cliente, dosará técnica e arte para promover uma grande e inesquecível viagem...
Onde tudo será planejado e preparado para a fruição de uma experiência única, que uma vez terminada, proporcionou lazer, relaxamento, descobertas pessoais, criação de vínculos com pessoas e por final, crescimento pessoal.
Uma viagem é sempre um momento único. E um dos momentos mais importantes na vida de uma pessoa. Como tal deve ser pensada.
E para tal, o foco na experiência individual é o must.
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Edgar Werblowsky é fundador e diretor da Freeway. É criador e guia de viagens orgânicas.