Marrocos está localizado no norte da África, separado da Europa pelo estreito de Gibraltar. Recebe grandes influências dos árabes, dos berberes e também dos europeus. Um país bem característico, predominantemente montanhoso, com um vasto deserto quente. É banhado pelo Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo.
A História do Marrocos
A história de Marrocos é antiga e conta com a passagem de muitos povos. Desde os berberes, formados por várias tribos nômades que ocupam a região há milênios, até a independência como colônia francesa na década de 50.
Muitas civilizações passaram, desenvolveram e influenciaram a terra marroquina na antiguidade, como os bizantinos, romanos, vândalos, cartagineses, fenícios, entre outros...
Mas a grande inflûencia da cultura marroquina atual começa na chegada do povo árabe, com a presença e domínio do islamismo, como religião e hábitos predominantes na região.
Houveram diversas dinastias marroquinas, formadas por vários impérios e reinos. Essa característica, fez com que desenvolvessem-se muitas cidades históricas e suas muralhas. Fez, Rebate, Mequinez e Marraqueexe, que inclusive originou o nome “Marrocos”.
Durante a Idade Média, as dinastias mouras ocuparam a península Ibérica, exercendo influência história na região. Sendo expulsos apenas durante a Reconquista.
A formação das nações européias e o enfraquecimento da monarquia marroquina, fez com que alguns países se aproveitassem de sua posição geoestratégica. Reino Unido, Espanha e França.
Voltando um pouco na pré-história, o clima marroquino já foi bem mais favorável se comparado aos dias atuais. No Período Ateriano, ferramentas de pedra foram desenvolvidas pelos povos que dependiam da caça e da coleta.
Foram eles que presenciaram a grande transformação da fauna e da flora, a transição do que era conhecido como “uma grande savana verde” para o que conhecemos hoje como “Deserto do Saara”.
O deserto do Saara
É o terceiro maior deserto da Terra, fica atrás somente da Antártida e do Ártico, sendo ainda assim, o primeiro mais quente de todos.
A sua área geográfica é de 9065000 s km², praticamente o mesmo tamanho da Europa e é ainda maior do que alguns países, como o Brasil, a Austrália e a Índia.
Seu território abrange mais de 10 países, sendo eles, Marrocos, Egito, Argélia, Chade, Líbia, Mali, Mauritânia, Níger, Saara Ocidental, Sudão e Tunísia.
O Saara nem sempre foi um deserto, a sua história vem de uma extensa floresta tropical, com uma natureza exuberante, a qual já abrigou muitas diferentes espécies de animais, como leões, elefantes, girafas, hipopótamos, crocodilos, e diversas espécies de pássaros.
Há vários registros ao longo da história do Saara, com base em vestígios encontrados nas areias e nas rochas, dentre eles, diversos fósseis de dinossauros.
Hoje em dia, alguns dos animais mais predominantes desse solo quente são:
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Adax; uma espécie como o que conhecemos como boi, suas patas são largas e a sua caminhada é mais lenta.
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Gazelas; são pequenas e leves, o que beneficia elas em sua agilidade e corrida. Seu salto é mais conhecido como “stotting”.
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Dromedários; diferentemente dos camelôs, possuem apenas uma corcova. Esses animais conseguem ficar até 17 dias sem comer e beber, mas também podem beber até 100 litros de água em poucos minutos.
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Cerastes; é um tipo de cobra, com detalhes em seus chifres. Elas costumam passar o dia debaixo da areia por causa do calor, e saem à caça durante a noite. A sua mordida é bem dolorosa, porém são raramente fatais.
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Feneco; é uma espécie de raposa, mas bem pequenas, com mais ou menos 20cm de altura. Elas são bem sábias, de uma audição bem aguçada, o que facilita para a sua caça.
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Varanidae; um lagarto bem fácil de ser encontrado no deserto. Eles podem ser carnívoros ou frugívoros, são considerados bem agressivos e de um metabolismo bem rápido.
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Chita; da família dos felinos, são encontradas mais precisamente na região do Níger, Chade e Mali.
Atualmente, vivem cerca de 2,5 milhões de pessoas espalhadas pelo Saara. Um local repleto de histórias para nos ensinar constantemente.
Por que viajar para o Marrocos?
Se tem algo que o Marrocos tem de sobra para nos ensinar, é sobre humanidade, humildade, respeito, conexão, e uma devoção tão inspiradora que mesmo sem conviver diariamente com suas cerimônias e rezos, é possível sentir e se encantar pela forma que enxergam o mundo e vivem a vida.
Os seus valores são inestimáveis, as suas cidades são pintadas de cores vibrantes e com um brilho que se reflete à suas encostas naturais. Oásis de palmeiras refrescantes, um deserto dourado que aquece, desfiladeiros que se erguem no céu.
Um país fascinante, com a fusão dos mundos africano e árabe, uma verdadeira jóia a ser apreciada e vivida pelos seres mais sensíveis.
Qual a melhor época para viajar para o Marrocos?
O clima de deserto é caracterizado pelos dias quentes e as noites frias durante quase todo o ano. No inverno marroquino, entre os meses de dezembro e fevereiro, prepare-se para temperaturas baixas. O verão já tem um clima escaldante, principalmente durante o dia.
E são essas épocas que também recebem mais turistas, principalmente os europeus ao longo do verão, devido a proximidade com o continente. As estações de primavera e outono, além do clima um pouco mais agradávei, também recebe menos turistas.
É válido mencionar que todos os meses tem peculiaridades e belezas, mas se puder escolher, é recomendado entre os meses de março e maio(primavera), ou setembro a novembro(outono).
Cultura, dicas e gastronomia do Marrocos
Marrocos é um país culturalmente diversificado, que carrega em suas terras histórias de muitas civilizações. E sem negar as suas raízes africanas, com predominância árabe, ele também se abriu para receber as influências europeias.
Dentre seus costumes, o respeito com os idosos é algo realmente importante em ser levado a sério, como a palavra de uma mãe, que é considerada sagrada e que deve ser escutada.
Para eles, entrar na casa uns dos outros sem tirar os sapatos, é considerado falta de educação. Assim como ao visitar o país, usar determinados tipos de roupa, como mini saias, decotes, vestidos curtos, ou para os homens, andar sem camiseta, é visto como forma de desrespeito.
Os marroquinos são conhecidos também pela sua arte de viver, que se inicia em seus próprios trajes, com cores e movimentos diferentes, cada um se tornando um destaque único.
Além disso, as suas celebrações e festividades religiosas são bem populares, como a “Moussem Tan-Tan”, que foi classificado como Património Cultural Imaterial da Humanidade, desde 2008.
As suas cidades são cercadas por uma arquitetura única e secular, de grande influência islâmica, em suas formas geométricas, escritas, cores e formatos diferentes.
Beleza também presente nos campos com muralhas romanas, sendo inclusive o “Volubilis” , um dos mais lindos sítios arqueológicos do mundo.
Na parte gastronômica, a base de tudo é o tempero, principalmente a pimenta do reino, o açafrão, o gengibre, a canela, e o cominho, que agregam sabor á pratos como o cuscuz ou o tajine. Assim como a utilização do mel, que é bem forte, e o tradicional chá de hortelã, que você pode encontrar em qualquer canto marroquino.
Mas, o diferencial mesmo fica por conta do hábito de comer com a mão direita, ou com o auxílio de um pão. A mão esquerda se limita ao uso higiênico. E para eles, isso é uma das únicas coisas que realmente não se misturam.
Religião marroquina
Marrocos é um dos países em que a religião caminha como base de tudo. Menos de 2% da população é cristã ou judia, os 98% restante seguem o Islão, uma religião que tem como significado a “rendição, submissão, obediência, sinceridade e paz ”.
O Islamismo é monoteísta e tem cinco pilares principais:
1- Crer em um Deus e no profeta Muhammad como seu mensageiro.
2- Orar 5 vezes por dia.
3- Pagar a (Zakat), em forma de caridade, dada diretamente aos necessitados.
4- Jejum no mês de Ramadan.
5- Realizar peregrinação (Hajj) a Meca, obrigatório uma vez na vida, se a pessoa tiver boa saúde e os meios financeiros.
A religião é muito honrada e respeitada em Marrocos, inclusive o Ramadan é um jejum feito no nono mês do calendário lunar islâmico, considerado o mês mais importante.
Um quarto da população mundial faz esse jejum, que dura cerca de 4 semanas, ele se inicia todos os dias com o nascer do sol, e finaliza no pôr-do-sol.
O significado do jejum para eles, vem da palavra “sawm ” que nada mais é do que “ abster-se ”, e não apenas de comida e bebida, e sim de todas as más formas de pensamentos, palavras e ações.
É um mês para uma maior reflexão espiritual, rezas, humildade, boas ações, disciplina, caridade, generosidade, e se estabelecer uma maior conexão com Deus, se fortalecendo interiormente, criando um maior auto-controle, e assim reeducar o corpo e, a mente para um maior equilíbrio, se desprendendo das vontades e desejos mundanos.
Esse período do ano para eles é levado tão a sério que até mesmo os restaurantes fecham durante o almoço e só abrem novamente a noite. Inclusive é considerado falta de respeito comer, beber ou fumar nas ruas esses 30 dias.
Vamos viajar para o Marrocos?
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